Vivemos agora, um período que nos provoca grande desconforto, desconforto no sentido de ansiedade e preocupação. Questionamentos surgem constantemente em nossos pensamentos: para onde está caminhando nossa sociedade? Onde estão os valores de fraternidade e solidariedade humana? Como conviver com tantos avanços tecnológicos? Como nos relacionar com as novas percepções de espaço/tempo sem adoecer? Que qualidade de vida oferecemos a nós mesmos diante de tanto trabalho e de tão pouco tempo para nós? São tantos os questionamentos. São tantas as mudanças. A tecnologia abre espaço para conquistas muito significativas para a existencia humana, mas também abre um leque de angústias e preocupações. Falamos em globalização, política, internet, hipertexto, ciberespaço, tecnologia, criogenia, genoma, células tronco... pois além de estarmos inseridos em uma sociedade global, estamos também em um período de transição. Ou seja, não estamos apenas em uma época de mudanças, mas uma mudança de época.
A humanidade vivenciou esse tipo de transformação da idade antiga, para a idade média, da média para o renascimento, deste para a idade moderna, da modernidade para a pós-modernidade e agora a transição da pós-modernidade para a sociedade do conhecimento. E dentro desta perspectiva vemos os valores como a ética, a liberdade e a dignidade se perderem, e vão dando lugar aos valores globais. “ Tudo que é evidentemente local, nacional ou regional revela-se também global.” ( IANNI, 1997. p. 163 )
Dentro desta perspectiva destacam as novas e surpreendentes formas de compreenção: as distâncias reduzidas abrem um leque de possibilidades de realização e organização do tempo e do espaço.
O que presenciamos hoje, em síntese, é (...) a criação de uma sociedade extremamente complexa, onde os custos da comunicação e da informação se aproximam cada vez mais a zero, e onde as distinções antigas entre o local, o nacional e o internacional, o pequeno e o grande, o centralizado e o descentralizado, tendem o tempo todo a se confundir, desaparecer e reaparecer sob novas formas. ( SHWARTZMAN, 1991, P. 56)
É nesse enredo que se estabelece a Educação a Distância como a entendemos nos dia atuais. Apesar de já existir desde muito tempo valendo-se de outros meios como o rádio, a correspondência e a Tv, a internet oportuniza uma grande revolução frente a formação e conhecimento. A Educação a Distância proporciona que o conhecimento seja construído independente de tempo e espaço (BEHAR, 2009).
Essa modalidade educacional, fundamentada no Brasil pela Lei 5.622/2005 e pelo artigo 80 da LDB 9.394/96, proporciona inúmeras vantagens aos estudantes, dentre elas eficácia, inclusão social, flexibilidade entre tantas outras:
REFERÊNCIA:
ANDERSON, P. Balanço do Neoliberalismo. In: SADER & GENTILI. Pós-neoliberalismo. As Políticas Sociais e o Estado Democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
BEHAR, Patrícia Alejandra (org). Modelos pedagógicos em educação a distância. Porto Alegra: Artmed, 2009. p. 15-32.
BETTO, Frei. Século 21: reinventar a libertação. Caros Amigos, São Paulo, n 32, p. 37, nov. 1999.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 24 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2000.
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